Uso de ácido hialurônico no tratamento de lesões por pressão: relato de casos
DOI:
https://doi.org/10.36489/feridas.2019v7i35p1200-1204Palavras-chave:
cicatrização, ácido hialurônico, lesão por pressãoResumo
Lesões por pressão (LPs) decorrem da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento local. Apesar da ocorrência de LPS ser considerada um evento adverso que pode, na maioria das vezes, ser passível de prevenção, existem ocasiões em que as condições do paciente as tornam inevitáveis. Este estudo relata experiências no tratamento de LPs de diferentes etiologias. Os pacientes foram atendidos pela equipe multidisciplinar do Programa Melhor em Casa de Jaguariúna-SP. Caso 1 - homem, 19 anos, vítima de espancamento, resultando em traumatismo cranioencefálico grave, permanecendo em coma por alguns dias. Estava tetraplégico, em reabilitação e fazia uso de órteses nos membros inferiores (MIs), que causou compressão no maléolo direito, culminando em LP. Tecido necrótico foi removido por meio de desbridamento instrumental e iniciada limpeza diária com soro fisiológico (SF) 0,9% e aplicação diária de fina camada de creme í base de AH 0,2%. Caso 2 - mulher, 79 anos, tabagista, obesa, portadora de hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, DPOC, osteoporose, anemia, fratura no fêmur e LP em região sacral de estágio 2 e no ísquio direito. Fazia uso, sem sucesso, de curativos envolvendo limpeza diária com SF 0,9% e aplicação de ácidos graxos essenciais (AGE) no tratamento da LP. Foi iniciado protocolo com limpeza diária com SF 0,9% e posterior aplicação diária de fina camada de creme í base de AH 0,2%. Após 15 a 34 dias de tratamento com AH tópico, foi verificada a completa reparação cutânea das LPs, revelando efetividade do protocolo empregado. Descritores: lesão por pressão, ácido hialurônico, cicatrização.